quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O PERIGO DO FONE DE OUVIDO

Os fones de ouvido viraram mesmo companheiros inseparáveis. A hora do recreio, é hora de ouvir música – até em dupla.
"Se eu descuido um pouquinho, lá está o fone de ouvido ligadinho no celular", conta a professora Sônia Regina, professora.
"Com essa constância toda, deve fazer mal. Se fossem umas horas por dia, mas é constante", comenta a mãe Ana Veasey.
"Eu já percebi que não consigo ouvir tão bem de um lado quanto de outro", revela Bruna Dutra, 14 anos.
Na Europa, um estudo sobre os níveis dos ruídos alertou as autoridades para o fato de que 10 milhões de jovens poderiam ficar surdos por causa do uso dos tocadores de MP3. A pesquisa mostrou que de 5% a 19% das pessoas que usam o fone sofrerão danos permanentes se ouvirem música em volume alto, por mais de uma hora por dia, por cinco anos.
O Fantástico fez um teste no Brasil. Bruna e Zara, as duas com 14 anos, foram levadas à fonoaudióloga. Depois dos testes, a confirmação: Bruna está ficando com um problema no ouvido direito.
Os fones surgiram nos anos 50, mas ficaram populares mesmo a partir da década de 80, com os tocadores portáteis. Apareciam até nos videoclipes da época.
O otorrinolaringologista Ektor Onichi foi a uma escola para medir a intensidade do que o pessoal anda escutando.
"Acima de 85 decibéis pode causar perda de audição. Acima de 105 decibéis é mais ou menos uma britadeira", revela o especialista.
É aí que está o problema. Para compensar o barulho do metrô e do ônibus, o ouvinte aumenta o volume.
"Esses ambientes onde mais se usa fone são exatamente os lugares errados", alerta o especialista.
"A música pode até ficar boa, mas a audição vai ficar ruim", constata o especialista.

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